A origem do universo
A origem do universo é um tema disputado por diversas teorias, dentre elas, a mais aceita atualmente pela ciência é a teoria do Big Bang. Entretanto, existem outras teorias que vão para além da explosão que deu origem a tudo o que existe. Alguns cientistas propõem uma adaptação do Big Bang, outros apontam novos caminhos para responder à pergunta “de onde viemos?”.
A teoria do Big Bang
Segundo a teoria do Big Bang, o universo teria sua origem entre 13,7 e 14 bilhões de anos atrás, a partir de uma grande explosão. Essa explosão teve como início uma singularidade, um único átomo (átomo primordial) infinitamente denso e muito quente, que concentrou muita energia, explodiu e deu origem ao universo. A partir da explosão desse núcleo de altíssima densidade e temperatura, o universo entrou em um estado de expansão, resfriamento e formação de matéria. Assim, originaram-se as galáxias, as estrelas e os planetas. A grande explosão, segundo a Teoria do Big Bang, deu origem a tudo o que existe. Essa resposta para a origem do universo foi elaborada pelo astrônomo belga George Lemaître (1894-1966), tomando por base a teoria da relatividade proposta por Albert Einstein. O universo em expansão proposto por Lemaître, foi confirmado por Edwin Hubble (1889-1953), galáxias mais distantes se afastam em uma velocidade maior que as mais próximas (Lei de Hubble). Assim, o Big Bang teria dado início ao espaço-tempo do modo como conhecemos, impossibilitando a existência de um momento anterior.
Gravidade quântica em loop
Enquanto a teoria do Big Bang é
baseada na relatividade de Einstein, a Gravidade quântica em loop se
sustenta na física quântica. A princípio, esse pensamento
reorganiza a ideia de continuidade do espaço-tempo proposto pela teoria
da relatividade. Assim, o espaço-tempo seria granular e esses "grãos"
seriam organizados uns ao lado dos outros, dando uma impressão de
continuidade. Logo, não haveria uma singularidade, como no Big
Bang, mas um "grande encontro" de um universo anterior em colapso,
semelhante a um buraco negro.
Teoria M
A Teoria M baseia-se na relatividade geral e na
ideia da mecânica quântica e busca unir cinco diferentes teorias das
supercordas e a super gravidade. Com isso, as diferentes teorias estariam todas essencialmente
corretas e, para isso, é necessária a compreensão da existência de 11
dimensões simultâneas (10 dimensões e o tempo). Dessas dimensões, apenas
quatro são acessíveis (eixos x, y, z e o tempo). As outras
dimensões estariam enroladas e inacessíveis para o conhecimento humano,
mas seus efeitos teriam influência sobre o desenvolvimento de outros
universos possíveis. Assim, o nosso universo, segundo a Teoria M, é
parte de um multiverso constituído de inúmeros outros, que se afastam,
expandem, se chocam e recomeçam.
Universo oscilante
A teoria do universo oscilante afirma que o
Big Bang é apenas o início de um processo de expansão, que ainda se
encontra presente. Entretanto, a energia liberada pela grande explosão
que deu origem a esse universo possui um limite. Nesse cenário, o
efeito gravitacional dos corpos atua como uma força contrária à
expansão. Em algum momento, a força gravitacional se tornará maior que a
energia gerada pela explosão, dando origem ao processo inverso, de
retração. A retração do universo culminará no oposto ao Big Bang, o
"Big Crunch". Esse processo encadeará uma singularidade e um novo Big
Bang. Essa oscilação pode ter ocorrido inúmeras vezes, sendo esse
universo um entre outro tantos.
Escrito por Carlos R.
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